Folha de bananeira substitui plástico em mercearia de São Paulo
Fundada em 1926, por um português, a Casa Santa Luzia é quase centenária. Tantos anos de existência não seriam possíveis se não fosse antenada às exigências do público. Exemplo disso, é a recente implantação de embalagens de folha de bananeira no setor de hortifrúti da loja.
A folha de bananeira já foi bastante utilizada pela cultura indígena e caiçara, ou seja, não é exatamente uma novidade. Mas o mercado de embalagens no Brasil, para produzir em larga escala, sempre incentivou o uso de invólucros nada sustentáveis -, como os inúmeros plásticos que vemos diariamente nos supermercados. Recentemente, o CicloVivo publicou uma matéria sobre um supermercado na Tailândia que está testando a folha de bananeira como alternativa para evitar o uso excessivo de plásticos que embalam frutas e legumes.
A princípio pode parecer que faz pouca diferença substituir plásticos por folhas de bananeira, diante de tantos outros agentes poluidores, mas vamos aos fatos: Um terço do lixo doméstico no Brasil é composto por embalagens. São inúmeros os materiais que são descartados diariamente após serem usados uma única vez. Imagine o impacto em um mês, em um ano, em um país com mais de 200 milhões de habitantes.
Que há um enorme ganho econômico nas embalagens atuais não há novidade. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), 38% dos ganhos da produção de embalagens veio do material plástico em 2017. Mas estamos em um momento da história que é preciso repensar o que parecia consolidado. Aliás, dar preferência a embalagens ecológicas não significa perda econômica. Segundo a diretora da Casa Santa Luzia, houve até um aumento na venda dos produtos e há planos de expandir a solução. “Existe abertura e negociação com outros fornecedores para futura expansão de mix de produtos”, conclui Ana Maria em entrevista ao CicloVivo.
Fonte: https://ciclovivo.com.br/inovacao/negocios/folha-de-bananeira-plastico-mercearia-sao-paulo/
31/05/2019