Sacola biodegradável: o que é preciso saber

Sacola biodegradável: o que é preciso saber
A sacola biodegradável é aquela feita com materiais capazes de se decompor sob determinadas condições de luminosidade, temperatura e umidade. Ela pode ser uma alternativa às sacolas plásticas comuns, que levam mais de 400 anos para se degradar na natureza, o que gera inúmeros problemas ambientais. Por que substituir sacolas plásticas comuns? Você sabia que as inofensivas sacolinhas de supermercado levam 450 anos para se decompor na natureza? E já ouviu falar que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes no oceano? Na última década, sugestões para reduzir os danos do plástico no meio ambiente têm ganhado espaço na mídia, nas políticas públicas e em rodas de conversa. Conforme dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018, os oceanos recebem, anualmente, a impressionante cifra de 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos. No mundo, mais de 500 bilhões de sacos plásticos são distribuídos por ano. Além disso, a produção desse tipo de saco exige um alto custo ambiental, uma vez que ele é feito com petróleo e gás natural, recursos naturais não renováveis. O descarte indevido desse produto ainda provoca a morte de diversos animais, alagamentos e entupimento de bueiros nas cidades. A boa notícia é que pequenas atitudes podem causar grandes impactos na natureza. Uma delas é a substituição das sacolas plásticas por sacolas biodegradáveis. Para isso, é preciso entender quais tipos de resíduo podem ser descartados nesses sacos. Tipos de sacolas biodegradáveis As sacolas biodegradáveis podem ser feitas de materiais diferentes, como: Plástico PLA O poliácido lático ou PLA é um polímero sintético termoplástico que vem substituindo os plásticos convencionais em diversas aplicações, como em sacolas plásticas. Isso acontece porque esse composto leva cerca de seis meses a dois anos para se decompor totalmente, ou seja, em um tempo muito menor do que os plásticos convencionais. Quando descartado corretamente, o PLA se transforma em substâncias inofensivas, já que é facilmente decomposto pela água. Para que isso ocorra, no entanto, é preciso que os descartes desse tipo de plástico sejam feitos corretamente. Isso implica que o material seja depositado em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade, temperatura e quantidade correta de micro-organismos. Infelizmente, a maior parte do resíduo brasileiro acaba indo parar em aterros sanitários e lixões, onde não há garantias de que o material se biodegrade 100%. Outra inviabilidade é que produtos feitos com plástico PLA são mais caros que os convencionais. Plástico oxibiodegradável O plástico oxibiodegradável é aquele que, ao receber um aditivo pró-degradante, tem sua fragmentação acelerada por influência de oxigênio, luz, temperatura e umidade. Apesar de aumentar a velocidade dessa reação, estudos sugerem que esse tipo de plástico se transforma em micro e nanoplásticos, substâncias extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, a decomposição de plástico oxibiodegradável emite gases do efeito estufa e contamina o solo por metais e outros compostos presentes nesses aditivos pró-degradantes. Polihidroxialcaloato O polihidroxialcanoato, também conhecido como poliéster bacteriano, é um plástico feito de bactérias. De acordo com artigo de pesquisadores da Universidade de São Paulo e de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), os PHAs são um tipo de plástico orgânico produzidos por meio da biossíntese direta de carboidratos da cana-de-açúcar, do milho, ou de óleos vegetais de soja e palma. O plástico de amido, por exemplo, tem a vantagem de ter sua origem em uma fonte renovável, ser compostável, biocompatível com o corpo humano e biodegradável; mas pode ser facilmente atacado por bactérias (e com isso não cumprir sua função de proteger alimentos) e demandar grandes áreas agricultáveis, ou seja, voltadas à produção de alimentos. Papel As sacolas de papel também podem ser uma alternativa às sacolas plásticas comuns. Isso acontece porque esse material é biodegradável e leva cerca de três a seis meses para se decompor totalmente na natureza. Além disso, o papel também é reciclável e renovável. Você pode aprender a fazer sacolas de papel na matéria “Veja como fazer sacolas de papel”. Quando usar a sacola biodegradável A sacola biodegradável, como aquelas de papel, podem ser utilizadas em transportes rápidos, como de comidas fast food. Nesse caso elas são melhores do que as sacolas de plástico comum, que, se forem contaminados com gordura, por exemplo, podem ter sua reciclagem inviabilizada. Além disso, a sacola biodegradável pode ser usada para descartar resíduos orgânicos que não foram compostados. Assim, apenas o lixo orgânico pode ser depositado em sacolas biodegradáveis, já que elas podem inviabilizar a reciclagem dos resíduos recicláveis, não recicláveis não perigosos e perigosos. Fonte: E-Cycle

15/10/2020

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